No território da Península Ibérica no período dos séculos XI-XII, ou seja, em torno do período em que viveu o famoso El Cid (na verdade: Rodrigo Diaz de Vivat), havia várias monarquias cristãs, incluindo os reinos de Leão, Castela e Aragão. Esses estados, estando em aliança, mas muitas vezes também por conta própria, realizaram uma reconquista (Sp. reconquista), ou seja, refletiam as terras da Península Ibérica das mãos dos muçulmanos. Nos séculos 11 e 12, foi principalmente uma luta contra o estado criado pela dinastia berbere dos almorávidas. A cavalaria desempenhou um papel fundamental nos exércitos de reconquista cristãos. Vale acrescentar que, devido às táticas utilizadas pelo inimigo, bem como à topografia do terreno, a cavalaria leve teve um papel muito importante nesta cavalgada, cujo papel foi muito maior do que, por exemplo, na França ou na Império Alemão. Estava armado principalmente com lanças e arcos e usava espadas como arma lateral. O armamento defensivo foi inevitavelmente reduzido ao mínimo e muitas vezes limitado ao uso de um capacete. Essa cavalaria foi usada para defender seus próprios acampamentos, bem como para travar guerras de guerrilha. Além da cavalaria leve, havia também uma cavalaria pesada, que não diferia significativamente da cavalaria da Europa Ocidental da época (séculos XI-XII). As principais armas ofensivas eram uma espada e uma lança, e as armas defensivas eram principalmente cota de malha, um capacete (muitas vezes com nariz) e um escudo em forma de escudos normandos dos séculos X e XI. Vale acrescentar que, no caso das tropas castelhanas, o exército que partia para uma expedição contra os muçulmanos era muitas vezes dividido em duas partes: a azaga, que construía e defendia o acampamento fortificado, e a algara, que realizava operações ofensivas. A cavalaria - especialmente as pesadas - fazia parte da algara.